quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

ESTUDO 05 - HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL | TERESINA





Croqui por: Henrique Brígido, 2013.
DISCIPLINA: LEITURAS DA ARQUITETURA E DA CIDADE. CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO | CT | UFPI
ORIENTAÇÃO: ALCÍLIA AFONSO 
EQUIPE DE PESQUISA: HENRIQUE BRÍGIDO | LARA CITÓ | MARIA CLARA SOARES | MARIA CLARA CHAVES | MARINA SAMPAIO | RENATA SANTOS



INTRODUÇÃO

Esta pesquisa faz a análise de uma residência popular, edificada pelo próprio morador, considerado por isso autóctone, levando em conta sua organização no entorno, funcionalidade, volumetria, parte estrutural e contextualização no meio sócio-cultural em que está inserida. A residência é composta por talo de coco, madeira, palha, alvenaria e cimento. Residem nesta um total de cinco componentes, sendo dois adultos e três jovens, numa área de 35.95m².

Foto por: Maria Clara Soares, 2013.
PONTO NEGATIVO
               
              A área em que a residência foi construída é considerada área de risco , pois há uma galeria de esgoto a céu aberto e um desnível no terreno de 75cm, que converge diretamente para o esgosto, o que poderia acarrretar sérios danos, principalmente o deslizamento de terra. Para atenuar esse desnível, o morador construiu um baldrame. O mais recomendável seria que a galeria fosse terminada, para garantir a segurança total da família.
Foto por: Maria Clara Soares, 2013.


Croqui por: Henrique Brígido, 2013.

INTERIOR DA RESIDÊNCIA
               
                A família composta de cinco pessoas divide-se entre a cozinha, onde os 3 filhos dormem em redes, e o único quarto, em que os pais dormem. Não há reboco nas paredes e nem cobertura cerâmica no piso, este recoberto com cimento. O banheiro utilizado pela família, fica localizado na área do quintal, apenas com sanitário, não possui porta e fica muito próximo à cozinha.
                Além da falta de espaço e precariedade das condições, os fluxos da casa são comprometidos pela desorganização e excesso de lixo acomodados por toda a residência. A necessidade primordial da família é o aumento da residência.

Foto por: Maria Clara Soares, 2013.

PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

                PARA MELHOR ACOMODAÇÃO DA FAMÍLIA, FOI EDIFICADO UM SEGUNDO PISO NA MORADIA. O TAMANHO DO TERRENO E A INCLINAÇÃO PARA A GALERIA À CÉU ABERTO, IMPEDIRAM O CRESCIMENTO HORIZONTAL DA ÁREA DA CASA, PORTANTO O PROJETO DE UM SEGUNDO PAVIMENTO FOI NECESSÁRIO PARA UMA INTERVENÇÃO SATISFATÓRIA.
                NO PISO TÉRREO A SALA E A COZINHA PERMANECERAM NO LOCAL DE ORIGEM, O ANTIGO QUARTO DO CASAL FOI CONVERTIDO EM UM HALL COM O LANCE DE  ESCADAS QUE LEVAM AO SEGUNDO PISO. O BANHEIRO, QUE FICAVA NA ÁREA EXTERNA, FOI TRAZIDO PARA DENTRO DA CASA, A FIM DE QUE SEJA USADO TANTO PELOS FAMILIARES QUANTO POR VISITANTES. 
                NO PISO SUPERIOR, DOIS QUARTOS FORAM PROJETADOS: O QUARTO DO CASAL E O QUARTO DOS FILHOS, COM TAMANHO SUFICIENTE PARA ACOMODAÇÃO DE CAMAS E ARMÁRIOS.

Representação gráfica por: Lara Citó Lopes, 2013.

 Representação humanizada




ESTUDO 04 - TERESINA: HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL

Croqui: Amanda Alves. 2013

DISCIPLINA: LEITURAS DA ARQUITETURA E DA CIDADE | CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO | CT | UFPI
EQUIPE DE PESQUISA:  AMANDA ALVES | CÂNDIDA BARBOSA | CÁSSIO DUARTE | ISADORA VIEIRA | MARILIA COELHO | RAFAEL SOARES
PROFESSORA ORIENTADORA Drª.: ALCÍLIA AFONSO | KAKI

     A casa a ser estudada se Localiza na rua Dr. Mário Teodomiro de Carvalho, 915, Vila Ininga. Seus usuários são Dona Cleidiane, doméstica de 25 anos e seu marido Fábio, 24 anos, servente que construiu a casa há dois anos. A residência de baixo padrão foi escolhida para análise pelas peculiaridades que ela apresenta.



FICHA TÉCNICA:
                
                •Casa própria: Não, invasão.
                •Quantidade de moradores: 2.
                •Há quanto tempo moram na vila: 4 anos.
                •Há quanto tempo moram na casa: 2 anos.
                •Tempo de construção: 2 meses (construída pelo marido).
                •Material usado: tijolos, madeira e taipa.
                •Esquadrias: sem janelas, duas portas.
                •Cômodos: 3 (sala, cozinha, quarto).
                •Piso: terra batida.
                •Teto: madeira e telha.
                •Forro: não possui.
                •Sustentação: madeira.


Fotografia: Isadora Vieira. 2013

CONDICIONANTES ARQUITETÔNICOS
TERRENO e ENTORNO: A rua está localizada numa planície alagadiça sem calçamento, portanto o solo é barrento, o que favorece o surgimento de espécies nativas em época de chuva. Levando-se em consideração o entorno, a casa mantém relação com as demais construções em proporção e ritmo. Determinados elementos se repetem, como os tipos de coberta e materiais de construção como a taipa e a madeira. Próximo à casa de dona Cleidiane há uma área de despejo de entulho.
CONFIGURAÇÃO: A casa possui a fachada principal um tanto recuada da rua. Não possui balanços nem varandas, é formada apenas por um bloco retangular.  A casa é composta apenas por um quarto, sala e cozinha. O banheiro encontra-se na parte externa da casa e não possui aparelho sanitário, pois há apenas um ponto de água onde se improvisa uma lavanderia.
Trata-se de uma construção autóctone, feita pelo próprio morador de acordo com suas necessidades e condição financeira. O material usado na construção das paredes é taipa de pau a pique, barro, tijolo e resto de outras construções (blocos de cimento quebrado). Os pilares são em madeira, retirados da vegetação nativa.
 

Fotografia: Marilia Coelho. 2013

ESTRUTURA: Todas as paredes são autoportantes, não há revestimento nelas, portanto o barro e a taipa são aparentes.
FECHAMENTO: A casa não possui janelas, as únicas esquadrias são as duas portas, uma na fachada principal que dá entrada pela sala, e outra na fachada posterior que dá pra cozinha.
COBERTURA: O telhado possui duas águas e nele foi utilizado telha cerâmica tipo canal, mais resistente que a palha e auxilia na proteção climática.
PLASTICIDADE e CROMATISMO: O piso não possui revestimento cerâmico, é em terra batida, o que apresenta tons de marrom e avermelhado, assim como as paredes que deixam à mostra a cor natural dos materiais aplicados na construção. As cores naturais desses elementos dão harmonia cromática e equilíbrio ao ambiente, gerando plasticidade. O banheiro é tem chão de madeira, assim como suas paredes.


Fotografia: Rafael Soares. 2013

PROJETO DE MELHORIA
     Buscando melhorias para a edificação em questão, pensamos em construir um banheiro interno, já que não o havia na construção anterior, acrescentando um quarto, uma área para lavanderia e uma varanda. Projetadas também, interferências na disposição dos cômodos, trazendo os quartos para o lateral direito da casa e construindo janelas (também antes não existentes), a fim de aproveitar a ventilação vinda do nordeste.          
    Cozinha, banheiro e lavanderia fora projetadas usando apenas uma parede hidráulica para o menor custo de instalação. A construção da varanda seria uma melhor opção para descanso em fim de tarde e reunião de amigos e vizinhos, que já acontece com frequência na residência, aproveitando os ventos vindos do sudeste.


Maquete eletrônica: Marilia Coelho. 2013





ESTUDO 03 - HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL | TERESINA


DISCIPLINA: LEITURAS DA ARQUITETURA E DA CIDADE | CURSO: ARQUITETURA E URBANISMO | CT | UFPI
EQUIPE DE PESQUISA: BRUNA NEGREIROS | JÚNIOR AMORIM | KATHARYNNE NORRANA | LUIZA CARVALHO | MATHEUS CARVALHO
PROFESSORA ORIENTADORA Drª.: ALCÍLIA AFONSO | KAKI


APRESENTAÇÃO
 
A pesquisa foi realizada usando como objeto de estudo moradias de baixa renda da Vila Ininga, localizada próximo à Universidade Federal do Piauí. A fim de entender como funcionam e como são construídas, o grupo se utilizou de uma visitação, em que foram realizadas medições (tanto do terreno quanto da própria casa), uma entrevista informal com a proprietária e ainda fotografias para documentação e exposição do estudo.

Autoria: Luiza Carvalho | Jan. 2013

LOCALIZAÇÃO


A moradia estudada localiza-se em um prolongamento da Rua Mário Teodomiro Carvalho (entre os moradores é chamada de Rua Retiro), sem número (devido também à falta de documentação do terreno) no Bairro Ininga, mais especificamente na Vila Ininga, Zona Leste da capital.

ASPECTOS SOCIAIS

A proprietária, Aldenira Teixeira Bastos dos Santos, conhecida pelo apelido de Marilene, vive na casa autoconstruída há 2 anos, a casa foi feita com materiais recebidos de doação. Separada do marido e sem filhos ela divide a casa com Regueiro, seu cachorro de estimação e recebe visita constante dos vizinhos.

Autoria: Katharynne Norrana | Jan. 2013

ASPECTOS ARQUITETÔNICOS

ESTILO ARQUITETÔNICO

•    A casa não tem um estilo arquitetônico definido, embora o modelo tenha recebido influências da arquitetura alemã, com o estilo enxaimel, devido as hastes de madeira encaixadas entre si em posições horizontais, verticais e inclinada, preenchidas posteriormente com pedra ou tijolo; e também do modelo de construção indígena.
•    Observando em proporções maiores, ou seja, se analisarmos a Vila e seu entorno é evidente a existência de duas realidades. São casas de padrão médio e alto que a cercam, o que gera um forte contraste social e visual. Por outro lado, ao analisar a Vila em si, percebe-se que há uma proximidade de estilos, quanto ao método construtivo e aos materiais. 

CONFIGURAÇÃO

•    A casa é composta por 03 cômodos, 01 quarto (com uma cama de casal, um armário de duas portas e uma TV de 20 polegadas), 01 cozinha (com uma geladeira, um fogão, dois armários de ferro, um armário de madeira e um “armário” feito com tijolos) e 01 sala (com um rack, uma TV de 14 polegadas, um banco de madeira e um sofá).
•    O banheiro está fora do corpo principal da casa, a parede é feita de peças de madeira e o piso de barro com placas de concreto, não possui chuveiro, bacia sanitária e lavabo.
•    Ainda na área externa está a lavanderia onde um fogão velho é utilizado como apoio para uma bacia plástica, que funcionam como pia, a “torneira” é uma mangueira presa à estrutura de madeira coberta de palha que protege a lavanderia.
Autoria: Katharynne Norrana | Jan. 2013
MÉTODO CONSTRUTIVO E MATERIAIS

• A proprietária da casa utilizou o método de construção de pau à pique.
• Para o erguimento das paredes foram feitas amarras em talos de babaçu com cipó e até corda de sisal e em seguida foi adicionado o barro (em algumas partes barro com pedaços de tijolo e pedra). A maioria das paredes tem papel suportante.
•    O piso em todo o interior foi feito de barro batido.
•    O telhado é feito com linhas, ripas e caibros de vários tipos de madeira e coberto com telhas cerâmicas tipo colonial e plan canal misturadas, exceto a pequena varanda que, por falta de telhas foi coberta por algumas placas de compensado. Ela utiliza ainda uma lona plástica sobre as telhas com a finalidade de impedir que a água da chuva entre na casa pelo telhado. 

Autoria: Katharynne Norrana | Jan. 2013
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E SANITÁRIAS

•    A casa não é abastecida por água encanada – a água que a proprietária utiliza é proveniente da casa ao lado – e em vista disso não existe nenhum tipo de instalação sanitária.
•    A energia que a moradora utiliza vem da estrutura elétrica que os moradores instalaram na rua mas tudo funciona à base de improviso, pode-se ver vários fios sob as telhas e entre a malha estrutural do telhado. 

FECHAMENTO

•    Terreno:
     A parte da frente é fechada por uma cerca de arame farpado e por placas de madeira com um portão também de madeira. A lateral direita tem parte dessa cerca e outra parte onde a casa vai até o limite do terreno. A área dos fundos é separada de uma área verde por uma cerca de arame farpado. A lateral esquerda é praticamente  feita por um muro de alvenaria.
•    Casa:
    A porta de entrada (na sala) e a de saída (na cozinha) são feitas de madeira e o que separa o quarto da cozinha é apenas um lençol. Antes havia uma janela (apenas o espaço), na cozinha mas foi fechada quando a moradora fez uma viagem,  o que deixa a casa sem ventilação e aumenta o calor, as áreas mais quentes da casa são a cozinha e o quarto devido a essa ausência de janelas. 

Foto: Matheus Carvalho | Jan. 2013

COBERTURA
 
•    A cobertura é explícita e possui 02 águas.
•    O telhado não possui um ordenamento, o lado direito tem inclinação e beiral maiores que o lado esquerdo.
•    A inclinação do lado direito é de aproximadamente de 28% enquanto a do lado esquerdo é cerca de 20%.
•    Não veda totalmente, quando chove a água entra pelo telhado e por isso, como já citado, foi colocada uma lona plástica sobre as telhas.

Autoria: Bruna Negreiros | Jan. 2013
  
PLASTICIDADE E CROMATISMO
•    Analisando todo o conjunto da construção observa-se que ela é constituída por 3 volumes, cada um dos cômodos, justapostos. E é interessante observar que um desses (o do quarto no caso), foi construído antes dos demais o que configura uma adição de volumes.
•    As cores são limitadas devido ao tipo de material utilizado na construção da casa, mas ainda se pode observar uma mudança na tonalidade do volume do quarto para os demais, visto que foram feitos em épocas diferentes, provavelmente com materiais diferentes.
Autoria: Bruna Negreiros | Jan. 2013
PROPOSTA DE MELHORIA

•    A proposta de melhoria apresentada, visa a melhoria na qualidade de vida dos moradores da residência, modificando o espaço. As primeiras observações feitas na configuração da casas, foi a ausência de janelas, o que, impossibilita a circulação de vento e ocasiona o aumento da temperatura ambiental interna.
•    Outra observação foi a disposição dos cômodos da casa, que no decorrer do dia, a incidência solar torna o ambiente desagradável. Além disso, a falta de uma parede hidráulica gera transtornos, pois não torna possível a instalação de um banheiro e uma pia para lavar louça.
•    A proposta, portanto, aborda os três temas citados e, através de mudanças de portas, abertura de janelas e levantamento de paredes, torna a moradia mais confortável; atentando para o baixo custo da reforma.

Autoria: Katharynne Norrana | Jan. 2013

Autoria: Honey Varão | Matheus Carvalho | Jan. 2013