Bolsista -
Gabriela Fernandes
Orientadora-
Dra. Alcília Afonso (Kaki)
FIG 01. Ininga em Teresina. Imagem de satélite. Fonte: Google Earth. Edição: Gabriela Fernandes. 2012.
A pesquisa em questão está sendo realizada na área de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Piauí e tem como título “Ininga: de Fazenda a bairro residencial e universitário. A Formação urbana do bairro Ininga e sua relação com o Campus Universitário Ministro Petrônio Portela da UFPI”, e está inserido no eixo temático que trata sobre as questões voltadas para “Paisagem, paisagem urbano, contrastes sociais, história urbana e patrimônio cultural”.
O Bairro Ininga está localizado na zona
leste de Teresina, em uma área de fortes contrastes urbanos, compostas por
residências de padrão médio alto e de casas auto-construídas, que denotam a
falta de planejamento urbano municipal para esta região. Tendo em vista a
importância do bairro e a inexistência de estudos sobre este tema, a pesquisa
em questão tem como objetivo, realizar uma investigação sobre a formação urbana
do Ininga, pesquisando dados sobre as primeiras aglomerações no local que se
deu por Fazendas e Cerâmicas e posteriormente a instalação do campus Ministro
Petrônio Portella da UFPI, observando de que forma estas variantes se
relacionaram e contribuíram para a evolução da paisagem urbana local,suas
transformações, em seus diversos usos.
FIG 02. Delimitação do bairro Ininga. Imagem de
satélite. Fonte: Google Earth. Edição: Gabriela Fernandes. 2011.
FAZENDAS E
CERÂMICAS- Um passeio histórico pelas terras do Leste...
fazendas,
vivências, acesso, a vila...
Uma visão geral feita a partir de entrevistas aos
Srs. Joaquim Fortes e José Reis
(filhos dos fazendeiros Noé Fortes e
Constantino Reis)
Em 1949, a família
Fortes adquiriu a baixo custo, o terreno da Ininga, às margens do Rio Poti e
devido as condições propícias para a criação de gado decidiu transferir sua
fazenda pra lá em 1952, anteriormente situada no Samiu. Na época, havia na
região cerca de vinte famílias vivendo em condições precárias tanto em aspectos
físicos quanto sociais. Em 1955, os Fortes doaram para a Prefeitura de
Teresina, um pequeno terreno onde foi construída a ainda existente Unidade
Escolar Noé Araújo Fortes, melhorando sensivelmente a qualidade de vida daquela
comunidade.
Em 1966, a Família Fortes juntamente
com a família Freitas decide criar a Cerâmica Fortes, que atraiu contingentes
de trabalhores para a área e também deu espaço aos moradores que lá havia
anteriormente, a maioria desses operários era assalariada porém o trabalho não
era oficializado perante entidades responsáveis. Em 1969, houve uma cisão na
empresa, que resultou na criação da Cerâmica Livramento, pertencente aos
Freitas, atualmente localizada em Timon (MA) e na permanência da Cerâmica
Fortes que posteriormente também foi transferida para Timon.
FIG 03.Desenho da Fazenda Ininga. Autoria: Daniele Área Leão.
A transferência das cerâmicas
deve-se ao fato de que o acesso ao Ininga na época era bastante complicado, não
havia vias asfálticas e o fluxo viário se tornava a cada dia mais complicado
para aquela indústria que tinha que escoar diariamente sua produção até a BR
principal, na época, a av. João XXIII, já o acesso de alguns moradores se dava
pela seguinte forma segundo consta o depoimento:
“A gente tinha acesso a essa área
da Ininga vindo pela ponte da Frei Serafim (Ponte Juscelino Kubstichek), a
gente atravessava a ponte, passava pelo Bairro de Fátima até chegar no Ininga
ou então quando era tempo de seca dava passagem pelo bairro Porenquanto,
inclusive as vezes passávamos de carro. E o chão era branco, uma areia branca
igual aquela que o Luíz Gonzaga rimou: As areias brancas da terra de
Nazaré!”¹
.
Proprietários de um vasto contingente territorial,
os Fortes venderam ao Governador Alberto Silva, 20 de seus 360 hectares de
terra, espaço este que foi doado pelo então governador para a instalação da
Universidade Federal do Piauí. Algum tempo depois, a UFPI tentou em vão
adquirir mais dos seus terrenos. Atualmente os Fortes não possuem mais terras
naquela área, pois lotearam e venderam tudo a baixo custo já que na época
aquela região não era tão valorizada quanto hoje.
Havia também no Bairro Ininga outras fazendas como a Fazenda do seu Agostinho
Belin e a fazenda da família Ubirajara, mas ainda não houve um levantamento
mais aprofundado sobre sua história, o mesmo deverá ser executado ainda durante
o processo de desenvolvimento da pesquisa.
RETRATO DA VILA
FIG 04. Fotografia de casa na Vila Ininga. Autoria:
Alcília Afonso.
A Vila Ininga está localizada na zona leste de
Teresina, em uma área de fortes contrastes urbanos, compostas por residências
de padrão médio alto e de casas auto-construídas, que denotam a falta de
planejamento urbano municipal para esta região.
A área em estudo fazia parte das terras da Fazenda
Ininga (Fig. 02), que deu origem ao nome do da Vila. Em 1978, foi criada no local, uma cerâmica
administrada pelas Famílias Fortes e Freitas nas terras pertencentes ao Sr. Noé
Fortes. Muitas famílias se instalaram na região para trabalharem na produção
cerâmica, consolidando-se na área e dando origem às primeiras comunidades.
Quanto à infra-estrutura do bairro, observou-se que
a maioria das ruas não é pavimentada, sendo estas em terra, sem iluminação
pública apropriada. O abastecimento de água é realizado pela AGESPISA, mas o
local não possui rede de esgoto, observando-se ainda que não existe coleta de
lixo. Tal quadro é propicio para a proliferação de doenças, como a dengue, o
calazar, entre outras enfermidades tropicais.
FIG 05. Fotografia de casas na Vila Ininga. Autoria:
Alcília Afonso.
A UFPI
Uma estreita
relação com o Bairro Ininga, uma relação econômica com a Zona Leste e um relacionamento
político com Teresina.
FIG 07. Fotografia da entrada da UFPI. Autoria
desconhecida.
a
implantação, o projeto, a equipe técnica, o urbanismo...
Uma visão geral feita a partir de uma entrevista ao
arquiteto Ronaldo Pinto Marques
(membro da
primeira equipe técnica da Instituição)
A zona Leste de Teresina está profundamente ligada
à Universidade Federal, existia na época do Governador Elvídio Nunes umas cinco
Faculdades isoladas, a Faculdade de Direito na praça doo Fripisa, a Faculdade
de Odontologia, que na época era particular, onde hoje é o Verdão, existia a
Faculdade de Medicina, que era estadual, existia também a FAFI (Faculdade de
Filosofia), que era da Cuia metropolitana e em Parnaíba tinha sido recém criada
a Faculdade de Administração e então a fusão dessas Faculdades geraria a
Universidade Federal do Piauí, mas a política local era uma política muito
difícil e todos os grandes grupos queriam dominar a Universidade, então a
criação real da instituição ocorreu no papel na época do Elvídio.
Na época do Alberto Silva, já que a Universidade não conseguia se criar
realmente e não existia fisicamente, Alberto Silva então recorreu ao Ministério
da Educação pedindo que o mesmo arranjasse uma maneira de implantar a
Universidade, o Ministério então recorreu à Universidade de Brasília (UnB) que
na época era considerada a mais moderna do país. Foi criado um grupo na UnB
para vir para o Piauí implantar a Universidade, por trás desse grupo fica o
Centro de Planejamento da UnB (CEPLAN) do qual o Niemeyer foi membro, durante a
Revolução quase todos os professores foram demitidos da Universidade e então o
arquiteto professor Ronaldo Pinto Marques, que estava começando seu mestrado
teve a oportunidade de vir para Teresina juntamente a outros professores do
Centro de Tecnologia da UNB chefiados pelo professor Vasco de Melo.
“O Alberto Silva
junto com o arquiteto Raimundo Dias fez um sobrevôo na zona leste e nesse
sobrevôo eles escolheram aquele local para ser a Universidade e nós não
participamos dessa escolha, nós ganhamos aquele terreno e ele implicou numa
implantação da universidade totalmente diferente do que foi planejado porque o
terreno não foi 100% desapropriado, foi desapropriada uma pequenina faixa de
terra que nós chamávamos de Serviços gerais (SG’s), aqueles prédios mais
antigos, lá de cima eram dez prédios iniciais e nesses prédios eram previstos
para funcionar como prédios de serviços gerais, ou seja, canais, manutenção, os
diversos depósitos que o Ministério exigia, mas infelizmente o terreno da
Universidade propriamente dito, onde hoje estão o CT e o CCHL só foram
adquiridos depois, então a solução encontrada foi adaptar rapidamente esses
prédios de serviços gerais para salas de aula e nós (eu e Lourival) tivemos
seis meses pra fazer essa readaptação.”²
Fig. 8- Foto (editada)
- 1º estudo topográfico realizado no terreno (data desconhecida),
observa-se e existência de vias que sofreram inúmeras alterações e a primeira
representação gráfica dos SG's. Fonte: Prefeitura Universitária, 2011.
|
Havia uma
dificuldade muito grande de se chegar ao canteiro de obras da Universidade, não
existia estrada, o que existia era a pista da Nossa Senhora de Fátima que ia
até o Colégio dos Padres, ali havia uma praça, então as pessoas vinham,
contornavam a praça e voltavam, não existia prolongamento da Nossa Senhora de
Fátiima, onde hoje fica a Faculdade Camilo Filho era o Jóquei Clube, atrás do
supermercado Pão de açúcar estava em construção a Sede Campestre do Clube dos
Diários e não existia quase nada na Zona Leste da cidade.
A cidade não podia crescer pro Norte, então tinha que crescer pra zona sul, mas
como o Alberto Silva escolheu essa região pra ser a universidade, aquela curva
do rio poty, começou a despertar nas pessoas mais futuristas, com um senso
comercial mais aguçado, a iniciativa de adquirir estes lotes de terreno,
a prefeitura então solicitou da universidade, a seguinte troca: A equipe
técnica da UFPI faria um reestudo, um segundo Plano Diretor, o plano piloto da
cidade de Teresina, e em troca a prefeitura abriria a Avenida Nossa Senhora de
Fátima até a Universidade e isso foi feito na época do prefeito Joel Ribeiro.
“A prefeitura então recorreu
a nós da universidade, nós então fizemos um esquema de planejamento de como a
cidade ia crescer. Pra nós chegarmos onde hoje é a Universidade, junto à ponte,
nós pegávamos a estrada do fio Telegráfico (estrada do fio/carroçável), essa
estrada era usada pelo pessoal da Cerâmica que ficava por trás da Universidade,
pelo pessoal das várias granjas que existiam. Pra manter os fios telegráficos
funcionanado, os correios desmataram e deixaram aquilo ali aberto.”²
Onde fica o CCHL
era a fazenda do Constantino e ao lado havia um cemitério onde os corpos dos
trabalhadores da Cerâmica eram enterrados assim como o pessoal da Fazenda
do Constantino, quando os tratores passavam no CCHL as ossadas eram aos montes.
A primeira parte a ser desapropriada foi o terreno das SG’s que pertencia ao
Constantino, era prevista a transformação da Rua Bahia e foi proposta a criação
da Avenida Universitária, antiga Av. Ininga, que seria diretamente ligada à Av.
Kennedy. Em todo o trajeto da Avenida Universitária haveria um canteiro
central, porém, um grupo de italianos adquiriu terreno ali e começou a
construir naquela área impossibilitando a criação da larga avenida.
Este foi o grande problema da Zona Leste, a
implantação da Universidade gerou um boom imobiliário, então a abertura dessa
avenida fez com que as pessoas comprassem lotes e lotes ali a um preço
extremamente baixo atrapalhando o plano urbanístico da zona leste, por isso
hoje há naquela área, uma diversidade muito grande no desenho dos quarteirões,
das ruas e em seus dimensionamentos. Há ruas largas que quando ultrapassam
outra rua ficam mais estreitas, ruas que não seguem mais na mesma direção e
tudo isso foi gerado por esse problema de implantação na zona porque as pessoas
compravam lotes de terras, registravam na prefeitura e quando iam locar o
terreno, um locava por cima de outro então havia constantes desentendimentos
devido a essa invasão de espaço.
“Teresina ainda era uma cidade tão
subdesenvolvida que a estrutura metálica era projetada aqui e executava em
Fortaleza. Era impossível passar por dentro de Teresina diariamente ônibus
interestaduais e caminhões de carga e tudo isso passava pela Av. João XXIII,
que antigamente era uma pista estreita, com 6m de largura, 1,5m de acostamento
em cada lado e a Ponte também era bem estreita. O fluxo seguia da João XXIII,
depois ia pra Ponte Metálica, de lá pra cidade de Timon e daí escoava para
outras cidades. Nessa época a cidade não era muito desenvolvida mas o trânsito
atrapalhava muito, assim como hoje qualquer desastre paralisa a região da
Frei Serafim, imagine antigamente. Então sugerimos, foi aceito e foi feito esse
desvio rodoviário e a cidade passou a crescer também pra região sudeste.”²
Depois da criação dos SG’s na Universidade, foi criado o
Setor de Esportes que era uma antiga ilha fluvial do Rio Poti. Antigamente, com
as enchentes toda aquela área alagava e a parte do balão da Raul Lopes com a
Av. Universitária foi aterrada criando-se assim um grande lago artificial que
ainda hoje existe na Universidade. Era previsto que esse lago funcionasse como
um ponto de atratividade (a água do rio passava por lá e entrava na
universidade).
“ A segunda área
a ser construída foi o Setor de Esportes, eu fiquei uns dez a quinze dias preso
em Brasília e o Alberto nos garantiu a desapropriação daquele trecho de terra e
a universidade tinha recursos, pra não gastar tais recursos, ele devolveu esse
dinheiro. Então Hélcio Saraiva através de um memorando mandou que eu licitasse
as obras e começasse sua execução e eu como diretor de projeto de obras
providenciei a licitação e a construção aí veio uma auditoria do MEC e me levou
preso, então o Camilo que foi reitor na época e era o chefe da assessoria
jurídica foi a Brasília e nós mostramos para o MEC que realmente houve um
descompasso entre o recebimento da documentação de desocupação e o início das
obras, mas que o ministério não perdeu dinheiro, pois não houve nenhum problema
mais sério e ele iniciou essa construção sem ter a posse de terra, o que é
proibido por lei.”²
Fig. 11- Plano Diretor atual da UFPI. Fonte: Prefeitura Universitária,
2011.
O projeto inicial da UFPI era
completamente diferente, quando a equipe estava em Brasília havia pensado em prédios
de dois ou três andares dependendo do tamanho do terreno e a construção teria
abóbadas similares às do Troca-troca. Nesse projeto a Universidade seria
disposta na forma de um grande círculo com uma ramificação radial influenciada
diretamente pela logomarca da Instituição, porém como não houve uma prévia
desapropriação desse terreno a ideia foi abandonada então passou pra um círculo
com duas ramificações que também foi abandonada. Havia também a ideia de fundir
o Campus da Socopo(Colégio Agrícola) àquela área numa grande área de
preservação ambiental.
FIG 12. Vista aérea da Universidade
Federal do Piauí. Autoria: Aureliano Chaves, 2010.
“Em
terceiro lugar foram construídos o CCHL e o CCE. O que acontece é que a
implantação da Universidade se deu de uma forma completamente diferente do que
foi planejado, a começar pelos serviços gerais, você imagine que não havia
nenhum professor titulado pra dar aula no segundo grau, a aberração era tão
grande que tinha professor de educação física dando aula de física então nós
tivemos que criar o CCE para capacitar os professores, acontece que geralmente
em outras universidades o CCE não é nem um centro e sim um departamento.
Fig. 13 - A implantação da Universidade
por etapas devido a desapropriação parcelada: 1- Espaço Cultural Noé Mendes; 2-
SG's; 3- Setor Esportivo; 4- CCHL/CCE e Espaço Comunitário. Fonte: Google
Earth, 2011.
ENTÃO...
Tendo em vista o que foi apresentado, podemos ter
uma ideia da importância dos estudos da história urbana do Ininga para que
possamos conhecer e avaliar sua trajetória e assim entender sua atual
configuração morfológica, social, econômica e compreender sua paisagem já que
esta pode ser lida como um testemunho da história dos grupos humanos que ocupam
determinado espaço.
Inicialmente, havia no bairro apenas uma quantidade
pequena de moradores. A chegada de Fazendas (como a Fazenda Ininga) e
posteriormente de Cerâmicas atraiu contingentes de trabalhadores que viam
naquela área boas possibilidades de vida e se agruparam em vilas ainda hoje
existentes, como por exemplo, a Vila Ininga, que existe em condições
extremamente precárias em diversos âmbitos como moradia, saneamento básico,
pavimentação e que possui uma paisagem urbana pobre, crônica, evidenciada pela
miséria e pelo descaso público.
FIG.
14- Contraste urbano entre residências localizadas no Bairro Ininga.
Autoria: Shiduo Nagano (esq.) e Luzia Lisboa (dir.), DCCA/CT/UFPI. Agosto 2011.
FIG.
15- Retrato da atual situação da Vila Ininga. Autoria: Alcília Afonso.
Agosto 2011.
Alguns anos depois da instalação das fazendas e
cerâmicas, o então Governador Alberto Tavares Silva comprou alguns hectares de
terrenos oriundos de diversas fazendas e doou-os à FUFPI(Fundação Universidade
Federal do Piauí) que ainda não dispunha de um espaço físico unificado. A
implantação da UFPI na cidade foi tão importante que chegou a causar uma
dantesca especulação imobiliária na Zona Leste que perdura até hoje e que
resultou na desordem do seu traçado urbano devido ao descaso da Prefeitura
junto às imobiliárias e também à falta de planejamento adequado. Essa
especulação acarretou posteriormente problemas ligados à paisagem urbana e aos
seus usos, marcados por contrastes entre moradias autóctones oriundas das
primeiras aglomerações que compunham as vilas e residências de padrão médio
alto que deu à área um caráter de elite.
Por todos esses aspectos apresentados, e afim de
relacionar as variantes fazendas, cerâmicas, vilas e a Universidade Federal do
Piauí, podemos concluir que devido a todo um processo histórico, social e
econômico, há divergências quanto à forma como interagem na contemporaneidade,
tanto pelo descaso às comunidades carentes das vilas quanto pelas diferenças sociais existentes entre estas e
as residências de alto padrão que acabam por compor uma paisagem contrastante e
segregatícia evidenciada de um lado por ruas insalubres e crianças descalças e
por outro, por muros altíssimos e sistemas de segurança reforçados.
RESULTADOS e ATIVIDADES
O Bairro Ininga
também foi analisado em conjunto com outras atividades acadêmicas como:
-PROJETO DE
EXTENSÃO
“Vila Ininga:
projeto urbano de recuperação de área degradada e inclusão social em Teresina”.
eixo temático
que trata sobre as questões voltadas para Infra- estrutura, ambiente e moradia
A proposta
pretende desenvolveu um trabalho de assistência técnica a uma
comunidade, conhecida como Vila Ininga, situada na zona leste da cidade de
Teresina, capital do Estado do Piauí, e buscou recuperar uma zona degradada
urbana, através de soluções inovadoras de habitação de interesse social e que,
paralelamente, possibilite a inclusão social desta comunidade que vive na área
a mais de cinquenta
anos, de forma marginal.
Figura 16: Fotos da Vila Ininga
Fonte: Fotografia de Alcilia Afonso.
Abril de 2011.
-DICIPLINA:
LEITURAS DA ARQUITETURA E DA CIDADE
PROFª Kaki
Afonso
Análise de
tipologias habitacionais de padrão baixo na Vila Ininga
FIG. 17: Leitura
arquitetônica de residência da Vila Ininga. Autoria: André Machado, Shiduo
Nagano e Alexandre Pajeú
FIG. 18: Leitura
arquitetônica de residência da Vila Ininga. Autoria: Dennys Patrick, Juliana
Mara e Yandra Oliveira.
FIG. 19: Análise de
conforto ambiental em residência da Vila Ininga: Autoria: Loraynne Lima.
- DISCIPLINA:
PROJETO 6
Figura 20: Diagnóstico de espaços e usos da Vila Ininga.
Fonte: Disciplina: Projetos arquitetonicos 6.DCCA/CT/UFPI.Agosto de 2011
Em projeto 6, foi proposta a
criação de diversos equipamentos urbanos como centros sociais compostos por um
vasto programas de necessidades, um residencial que acolheria as famílias
carentes entre outros.
Figura 21: Centro Social Urbano
Fonte: Autoria Bruna Araújo,Luzia
Lisboa e Philipy Rodson. GAU/ DCCA/CT/UFPI.Agosto de 2011
Figura 22: Residencial em terreno da
Vila Ininga para o programa Minha Casa Minha Vida.
Fonte: Autoria Bruno Andrade. Projeto
de TFG2. GAU/ DCCA/CT/UFPI.Agosto de 2011
- TROTE SOLIDÁRIO DE ARQUITETURA 2012.1
FIG. 21: Fotografia de
intervenção na Vila Ininga feita por alunos recém chegados no curso de
arquitetura e urbanismo da UFPI. Organização: CAAU/UFPI. Autoria: Gabriela
Fernandes.
ALGUNS ENTREVISTADOS
*¹ - José Reis Pereira (São João do
Piauí, 10 de dezembro de 1943) é um político brasileiro. Filho de Constantino
Pereira de Sousa e Azenete de Carvalho Reis e Sousa, é licenciado em Letras com
Mestrado em Língua Portuguesa. Professor da Universidade Federal do Piauí, foi
eleito deputado estadual pelo PMDB em 1986. Ao longo do mandato filiou-se ao
PSDB e depois foi Secretário Municipal de Educação em Teresina e presidente da
Fundação Cultural Monsenhor Chaves.
*² - Ronaldo Pinto Marques (Manaus)-
Possui graduação em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade de Brasília
(1967). Atualmente é professor auxiliar do Instituto Camillo Filho. Tem
experiência na área de Arquitetura e Urbanismo, com ênfase em Planejamento de Campi
Universitários e Desenho Projetivo.
João Alberto Cardoso Monteiro- Arquiteto e urbanista na cidade de Teresina. Atua
como arquiteto no escritório 490 Arquitetura, é secretário de planejamento da
Prefeitura de Teresina e Professor na área de urbanismo no Instituto Camilo
Filho.
Nota da bolsista: Aqui foi apresentado parte do trabalho que estamos desenvolvendo em nossa pesquisa e ainda há muito a ser descoberto. Talvez, no desenrolar dos estudos haja algumas modificações nas informações expostas e também, adições até porque o trabalho ainda não está concluído e ainda é preciso levantar muitos dados. Agradeço aos entrevistados que disponibilizaram seu tempo e abriram suas portas. Caso queiram saber mais sobre a pesquisa ou ter acesso a mais informações referentes a esta pesquisa e a arquitetura piauiense basta visitar nosso acervo de trabalhos no Centro de Tecnologia da UFPI.
Gabriela
Fernandes
BIBLIOGRAFIA CITADA E CONSULTADA (parte)
AFONSO, Alcília. Revolução na arquitetura: Recife, Década de Trinta. Teresina:
EDUFPI, 2001.
BENEVOLO, Leonardo. A história da cidade. São Paulo: editora
perspectiva, 2005.
CULLEN, Gordon. Paisagem Urbana. Lisboa: Edições 70,
1983.
DIAS,
Cid de Castro. Piauí: Projetos
Estruturantes. Teresina: Alínea Publicações Editora, 2006.
SERRA, Geraldo. O espaço natural e a forma urbana. São
Paulo: Nobel, 1936.
SOUZA, Maria Adélia de. Governo Urbano. São Paulo: Nobel, 1988.
Teresina
em bairros. Teresina: Prefeitura municipal de Teresina. 1994.
Teresina
Agenda 21/ Plano de desenvolvimento sustentável. Prefeitura Municipal de Teresina. Teresina,
2002.
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Mas as paisagens nunca têm um
único significado; sempre há a possibilidade de diferentes leituras. Nem a
produção, nem a leitura de paisagens são inocentes. Ambas são políticas no
sentido mais amplo do termo, uma vez que estão inextricavelmente ligadas aos
interesses materiais das várias classes e posições de poder dentro da
sociedade. James DUNCAN, The City as Text, 1990.